Terceira Guerra Mundial e Mateus 24: Sinais do Fim em Israel | Hora do Apocalipse
Entenda como os sinais proféticos e geopolíticos da Terceira Guerra Mundial e de Mateus 24 revelam o papel de Israel, o Templo e os sinais do fim. Vamos refletir?
MATEUS 24
Introdução
Sempre que abro as manchetes e vejo novas tensões se espalhando pelo mundo, uma pergunta inevitavelmente me vem à mente — e talvez também esteja no seu coração: estamos à beira de uma Terceira Guerra Mundial?
Ao mesmo tempo, meus olhos se voltam para Mateus 24, e tento compreender como história, geopolítica e profecia parecem se entrelaçar diante dos nossos olhos.
Se você já sentiu esse choque entre o que acontece no mundo e o que as Escrituras revelam, então este espaço é para você. Aqui, quero que a gente caminhe juntos — com clareza, mas sem sensacionalismo; com esperança, mas sem ingenuidade; com preparo, mas sem pânico.
Vou recomendar a você, desde já, este vídeo do Canal Hora do Apocalipse — em que também relaciono a possibilidade de uma Terceira Guerra Mundial com o discurso profético de Mateus 24.
Agora é hora de aprofundarmos esta reflexão sobre os tempos em que vivemos e sobre o que, de fato, o Evangelho tem a nos dizer.
O eco da história: fogueiras que incendeiam o mundo
Os ventos de uma guerra mundial
Falando em guerra, é importante lembrar que a Segunda Guerra Mundial não começou como um grande conflito global unificado. Ela nasceu de três guerras regionais distintas:
Alemanha, tensionando a Europa.
Itália, avançando no Mediterrâneo e na África.
Japão, expandindo-se sobre a China e o Pacífico.
Esses regimes autocráticos e revisionistas tinham algo em comum: buscavam alterar a ordem mundial pela força. No início, não formavam uma aliança sólida. Ainda assim, os pavios se encontraram — e o planeta incendiou.
Hoje, a sensação é inquietantemente semelhante. Vejo novamente três centros de fricção, conectados por pontes invisíveis: rotas marítimas, cadeias de suprimentos, alianças formais e informais, narrativas políticas e ideológicas. Observe:
Rússia–Ucrânia (Europa): uma guerra de desgaste que reorganiza a segurança do continente e pressiona a OTAN.
Irã e o “Eixo da Resistência” (Oriente Médio): milícias, tensão com Israel e o risco crescente de uma corrida nuclear.
China–Taiwan (Ásia): militarização acelerada e o perigo de um choque global que afetaria o comércio, a tecnologia e o fornecimento de combustíveis.
Diante desse paralelo histórico, a pergunta surge quase naturalmente: seriam estes os ventos da Terceira Guerra Mundial?
Não quero soar alarmista. Mas é difícil ignorar a repetição do padrão: autocracias revisionistas, focos regionais interligados e democracias sobrecarregadas — o mesmo enredo que, um século atrás, incendiou o mundo.
Democracias no limite: quando o cobertor fica curto
O apoio dos Estados Unidos à Ucrânia e a Israel está longe de ser confortável. Pelo contrário — ele consome a própria potência que tenta sustentar o equilíbrio global. Grandes quantidades de munições e sistemas de defesa aérea têm sido direcionadas a esses aliados, e, apesar das constantes investidas diplomáticas do presidente americano, o fim ainda não está à vista.
Durante décadas, a doutrina militar dos EUA oscilou entre duas estratégias: preparar-se para enfrentar duas grandes guerras simultaneamente ou focar exclusivamente na China. Agora, porém, o problema se impõe com clareza: o mundo não respeita prioridades estratégicas.
As alianças, por sua vez, nem sempre se movem no mesmo ritmo. Ciclos eleitorais, opinião pública volátil e custos elevados reduzem o apetite político por envolvimentos prolongados — e isso fragiliza até as maiores potências.
E antes que alguém pense: “isso é problema dos americanos, não meu”, é preciso lembrar — a geopolítica bate à nossa porta de maneiras muito concretas. Ela chega disfarçada em inflação, em atrasos de entregas, no preço dos combustíveis e até na instabilidade de setores inteiros da economia.
Se uma crise em Taiwan explodir, por exemplo, os primeiros impactos serão sentidos no nosso orçamento doméstico. É o que me faz recordar o famoso “Efeito Borboleta”, que descreve a interconexão de tudo o que existe: um simples bater de asas de uma borboleta pode, em cadeia, provocar um tsunami do outro lado do planeta.
A vida — e a política global — funcionam assim. O que parece distante, às vezes, é apenas o outro lado do mesmo vento.
O déjà-vu da Primeira Guerra: rivalidade mal gerida
A Primeira Guerra Mundial, se considerarmos o quanto os conflitos humanos costumam ser evitáveis, não foi destino — foi consequência. Decisões equivocadas, alianças rígidas, falhas de comunicação e, claro, uma boa dose de má-fé (como em todo conflito bélico) construíram o cenário perfeito para o desastre.
A Alemanha cresceu rápido demais, desafiou o Reino Unido, e um incidente regional acabou se tornando uma catástrofe global.
Hoje, quando observo a relação entre Estados Unidos e China, vejo ecos nítidos daquele passado: reequilíbrio econômico, corrida tecnológica, disputa marítima e percepções distorcidas. Cada lado enxerga o outro como uma ameaça existencial. Isso gera caricaturas, e caricaturas produzem erros de cálculo — exatamente como aconteceu um século atrás.
Alguns analistas apontam Taiwan como o estopim mais provável. Ali se cruzam segurança, prestígio, tecnologia e credibilidade de alianças. Mas, olhando com mais atenção, e principalmente à luz das profecias das Escrituras, percebo que Israel parece ser “a bola da vez” dentro de um novo arranjo geopolítico. Esse movimento não carrega apenas a marca de uma reestruturação internacional, mas também o traço de uma movimentação escatológica — descrita há séculos, de forma codificada, nas páginas da Bíblia.
O fato é que, meu amigo leitor, em um mundo de incertezas, a única via verdadeiramente lógica é aquela que olha para os acertos do passado e para os sinais do futuro revelados pelo Texto Sagrado. À medida que o tempo avança e o contexto mundial se estreita, acredito que essa percepção será mais acolhida — inclusive por aqueles que ainda resistem a reconhecer o que para quem tem fé é evidente:
A Bíblia é um compilado de códigos da existência — chaves espirituais que, se decifradas corretamente, podem iluminar o passado, o presente e o futuro da humanidade.
E é exatamente aqui que surge uma pergunta inevitável: você tem algum plano?
Não falo de um bunker, mas de algo muito mais essencial — um alinhamento espiritual.
Mateus 24: bússola para os tempos e o Templo
O princípio das dores
Yeshua falou de guerras e rumores de guerras, fomes, pestes e terremotos como o “princípio das dores”, em Mateus 24. Quando a guerra entre Rússia e Ucrânia começou, confesso que senti que aquele acontecimento estava diretamente relacionado à declaração do Mestre. E, para minha surpresa, percebi — ao ouvir o testemunho de outras pessoas — que eu não era o único com essa sensação.
No mesmo contexto, Ele também alertou sobre falsos profetas e falsos cristos. Apesar da clareza da recomendação de Yeshua quanto à perseverança e à manutenção do amor a D’us por parte dos discípulos que viveriam os “tempos determinados do fim”, e a tranquilidade daí derivada, uma pergunta sempre me inquietou:
Será que, ao pronunciar essas palavras, Yeshua já estava visualizando o YouTube e as redes sociais, onde hoje vemos uma enxurrada de vozes que se autoproclamam profetas, mestres e intérpretes da revelação?
As palavras do Mestre
“¹ E, quando Jesus ia saindo do templo, aproximaram-se dele os seus discípulos para lhe mostrarem a estrutura do templo.
² Jesus, porém, lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada.
³ E, estando assentado no monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos, em particular, dizendo: Dize-nos quando serão essas coisas e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?
⁴ E Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane,
⁵ porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos.
⁶ E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é necessário que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim.
⁷ Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares.
⁸ Mas todas essas coisas são o princípio das dores...
¹¹ E surgirão muitos falsos profetas e enganarão a muitos.”
(Mateus 24:1–8, 11)
Percebe como a declaração de Yeshua sobre os falsos profetas está intimamente conectada ao contexto escatológico do “fim do mundo”?
Ele afirmou que, pouco antes do fim, ouviríamos sobre guerras internacionais, catástrofes naturais e abalo social — e que neste mesmo cenário surgiriam enganadores de muitos.
Mas, vejamos um pouco além. Se hoje já presenciamos todos esses elementos no cenário internacional, não é exagero pensar que a multiplicação dos falsos profetas anunciada por Yeshua está diretamente ligada ao surgimento de um instrumento moderno de amplificação: as redes sociais.
A amplificação digital da profecia (e da falsificação)
É inegável que, se Yeshua falou sobre um aumento notável da falsa profecia, a sociedade — e especialmente a comunidade da fé — precisaria ter meios de perceber e avaliar esse crescimento.
Agora, pense comigo: nos tempos bíblicos, como alguém descobriria que falsos profetas estavam se multiplicando em diferentes partes do mundo? Seria praticamente impossível.
Mas o século XXI trouxe algo inédito: a descentralização global da informação. Hoje, qualquer pessoa pode publicar suas ideias, doutrinas e interpretações em tempo real. E, nesse sentido, as redes sociais — e em especial o YouTube — se tornaram o palco mais evidente da profecia de Mateus 24.
Por meio delas, conseguimos enxergar, quase como um “mapa vivo”, o que o Messias descreveu há dois mil anos: a proliferação global de falsos mestres, falsos cristos e falsos profetas.
Em outras palavras, a própria estrutura do mundo moderno permite a visualização daquilo que antes não seria perceptível em escala planetária. Hoje, nossa geração dispõe dos instrumentos para observar com clareza o aumento da falsa profecia — algo absolutamente impensável há apenas dois séculos.
Confirmando os sinais
Se estamos, de fato, diante do contexto predito por Yeshua, então os demais sinais também deveriam estar presentes. Vamos checá-los?
Guerras e rumores de guerras?
Sim — Ucrânia, Taiwan, EUA, Irã, Rússia, Polônia e OTAN… basta acompanhar as manchetes.Pestes e terremotos?
Tivemos, recentemente, tremores sentidos até na capital mineira e na região metropolitana — sem falar na pandemia que ainda ecoa em nossas memórias.Falsos profetas e enganadores de muitos?
Basta uma breve pesquisa no YouTube para percebermos a avalanche de “mensagens proféticas” desconectadas da Escritura.
Tudo isso mostra que a sociedade moderna não apenas cumpre o cenário descrito por Yeshua, mas possui os meios tecnológicos para torná-lo visível e mensurável.
Reflexão
Por isso, às vezes me pergunto: será que, ao falar sobre esses tempos, Yeshua estava, de alguma forma, vendo o futuro digital que vivemos hoje? Será que, em sua onisciência, Ele viajava no tempo ao descrever o cenário escatológico, antecipando o surgimento de uma geração hiperconectada, mas espiritualmente dispersa?
Se sim — e creio que sim —, estamos diante de algo profundo: o cumprimento visível das palavras do Mestre diante de nossos próprios olhos.
Jerusalém e o Templo
O contexto da revelação
Você acredita que a maior revelação de Mateus 24 se resume apenas ao “princípio das dores”? Bem, na verdade, não.
Observe o contexto imediato. O texto começa com Yeshua saindo do Templo, enquanto os discípulos, admirados com a imponência da construção, comentavam sua grandiosidade. Então, Ele declara:
“Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada.” (Mateus 24:2)
Imediatamente, os discípulos conectam essa afirmação ao fim do mundo:
“E, estando assentado no monte das Oliveiras, chegaram-se a Ele os seus discípulos, em particular, dizendo: Dize-nos quando serão essas coisas e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?” (Mateus 24:3)
O texto nos revela algo profundo: o anúncio do juízo feito por Yeshua vincula diretamente o contexto do fim dos tempos a Israel, Jerusalém e ao Templo.
Isso significa que toda a narrativa escatológica de Mateus 24 está temporal e espiritualmente atrelada a Jerusalém — tendo o Templo como elemento central de toda a conjuntura profética. É por isso que, com razão, muitos estudiosos afirmam que “Israel é o relógio profético do mundo.”
A abominação da desolação e o lugar santo
Yeshua prossegue no relato e aponta um marco profético que ocorreria no Templo em Jerusalém:
“Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo (quem lê, que entenda), então, os que estiverem na Judeia fujam para os montes; e quem estiver sobre o telhado não desça a tirar alguma coisa de sua casa.” (Mateus 24:15–17)
O evangelho de Marcos reforça:
“Ora, quando virdes a abominação do assolamento, que foi predito, estar onde não deve estar...” (Marcos 13:14)
E Lucas acrescenta detalhes geográficos e políticos:
“Mas, quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, sabei então que é chegada a sua desolação... porque dias de vingança são estes, para que se cumpram todas as coisas que estão escritas.” (Lucas 21:20–22)
Essas três narrativas formam um quadro profético unificado, no qual Jerusalém, o Templo e os eventos escatológicos convergem.
A relação entre o Templo e o fim dos tempos
Olhando para esses textos da declaração profética de Yeshua, vemos que os discípulos pediram um sinal específico da destruição do Templo, e Yeshua respondeu com o contexto do fim do mundo. Em Lucas 21:5–9, 20, essa conexão fica ainda mais evidente:
“E, dizendo alguns a respeito do Templo... [Jesus disse] ...dias virão em que se não deixará pedra sobre pedra que não seja derribada... Quando ouvirdes de guerras e sedições, não vos assusteis; porque é necessário que isso aconteça primeiro, mas o fim não será logo. (...) mas, quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, sabei então que é chegada a sua desolação.”
Aqui precisamos de um destaque importante. Perceba: se acompanharmos linearmente a narrativa, veremos que os eventos do fim dos tempos (guerras, rumores de guerras etc.) foram descritos entre duas menções marcantes:
A destruição do Templo (“não ficará pedra sobre pedra”).
A invasão de Jerusalém (“quando virdes Jerusalém cercada de exércitos”).
Poderíamos até pensar que, no primeiro caso, Yeshua falava da destruição do Templo em 70 d.C. e de uma futura invasão a Jerusalém, já no final dos tempos, a qual seria marcada pelo que no livro do profeta Daniel foi nomeado como "a abominação assoladora". Porém, esse raciocínio nos parece limitado — porque, historicamente, os judeus já consideraram a destruição de 70 d.C. uma “abominação”.
Considerando que, em Mt.24.1-3 e em Mc.13.1-31, os discípulos associaram diretamente a fala de Yeshua sobre a destruição do Templo com o fim, e que a própria resposta de Yeshua conectou os eventos dessa forma, podemos concluir sem medo que a profecia parece mesmo apontar para dois eventos interligados, não separados: destruição e abominação, ocorrendo de forma concomitante.
O princípio do cumprimento profético
Esse modo de ver os acontecimentos narrados nas profecias se afasta, por exemplo, da visão preterista, que interpreta o cumprimento da maioria das profecias como eventos ocorridos exclusivamente num passado remoto. Data vênia, precisamos alertá-lo, caro leitor, que essa visão é superficial e não resiste à lógica profética das Escrituras.
De acordo com Deuteronômio 18:9–22, toda profecia genuína deve ser acompanhada por um sinal próximo, que valide sua origem divina. Em outras palavras, se uma profecia aponta para o futuro distante, ela precisa ter um cumprimento parcial no tempo em que foi proferida — um “microcontexto de realização” que confirme sua autenticidade.
“Quando o profeta falar em nome do Senhor, e tal palavra não se cumprir... esta é palavra que o Senhor não falou.” (Deuteronômio 18:22) [Recomendamos a leitura de todo o capítulo]
Portanto, toda profecia verdadeira terá, obrigatoriamente, um duplo cumprimento:
Total, quando se refere ao tempo presente;
Parcial, quando anuncia eventos futuros.
Essa é a chave hermenêutica que equilibra o entendimento entre passado e futuro, no que tange à profecia.
Validação, não esgotamento
A destruição do Templo em 70 d.C. foi justamente esse cumprimento parcial.
Yeshua havia dito que ele seria destruído — e isso ocorreu. Mas o contexto do diálogo de Mateus 24 fala claramente do tempo do fim, algo que ainda não aconteceu.
Ou seja: o evento de 70 d.C. validou a profecia, mas não a esgotou. Foi um sinal verificador, não o cumprimento integral.
E aqui identificamos um princípio muito importante para quem deseja decodificar as palavras proféticas., e que se aplica a todas as profecias:
“Se a profecia fala do fim dos tempos, algum evento histórico próximo deve confirmar sua autenticidade, mas sem consumi-la totalmente.”
Didaticamente, nomearemos esse princípio como "o princípio de validação profética".
O retorno inevitável do Templo
Seguindo essa lógica, o raciocínio se torna inevitável: se Yeshua afirmou que o Templo seria destruído antes de Sua volta, e sabemos que hoje resta apenas o Muro das Lamentações, então, para o cumprimento literal da profecia, o Templo terá que ser reconstruído.
Mas isso só seria possível em um contexto em que Jerusalém estivesse novamente sob domínio oficial judeu — exatamente como presenciamos no cenário moderno. Algo impossível do ano 70 d.C. a 14-05-1948 d.C.!
A reocupação de Jerusalém foi o primeiro passo. O próximo será o retorno do Templo.
E é justamente nesse ponto que a geopolítica global e a escatologia bíblica se tocam: o mesmo mundo que fala em uma Terceira Guerra Mundial começa a ver, no centro de Jerusalém, os sinais mais evidentes da profecia.
A abominação da desolação e a Grande Tribulação
Ecos da história e repetições proféticas
Quando observamos o modo como os eventos históricos se processam, percebemos um padrão fascinante: assim como vimos a repetição dos prelúdios das Grandes Guerras, os eventos escatológicos também possuem seus correspondentes anteriores na história.
Essa dinâmica dos tempos tem uma função clara: informar os espectadores e participantes da história sobre os principais elementos responsáveis por tecer o enredo da trama final.
Em outras palavras, tudo o que precisamos fazer é aprender a ler o passado — pois é ele que amplia nossa compreensão do presente e ilumina a dimensão do futuro profético.
E é precisamente por isso que a visão preterista, em lugar de valorizar a profecia, termina por lançá-la num buraco negro de esquecimento histórico, além, é claro, de encaminhar os que a ela dão ouvidos ao oculto lugar da descrença na própria Palavra de D'us!
Por isso, caro leitor, recomendamos fortemente o afastamento desta visão o mais rápido possível, pois ela distorce totalmente a compreensão por limitar a análise da Palavra Profética. Em termos gerais, uma profecia, por se originar na Eternidade, tem a vocação intrínseca de contemplar o passado, o presente e o futuro simultaneamente. Assim, devemos considerar que os eventos passados não anulam, tão pouco exaurem ou limitam a profecia. Eles a amplificam.
As duas destruições do Templo
Ao observarmos os registros da primeira e segunda destruição do Templo em Jerusalém, notamos que o elemento central é sempre o mesmo: a guerra.
Primeiro Templo (586 a.C.) — O Templo de Salomão foi destruído pelos babilônios, sob o comando de Nabucodonosor II. Jerusalém foi invadida, o templo incendiado, seus tesouros saqueados e o povo levado em exílio à Babilônia.
Segundo Templo (70 d.C.) — Durante o cerco romano à cidade, liderado pelo general Tito, o Templo foi novamente devastado. A revolta judaica contra o domínio romano terminou com fogo, destruição e profanação do lugar mais sagrado de Israel.
Entre esses dois episódios, encontramos uma figura sombria: Antíoco Epifânio, rei selêucida que, em 167 a.C., profanou o Templo de forma abominável, oferecendo sacrifícios pagãos e violando tudo o que era santo.
Essa ação de Antíoco tornou-se um símbolo profético, um eco histórico que aponta até hoje para o cumprimento absoluto daquilo que o profeta Daniel predisse — e que o próprio Messias confirmou.
A profecia e o tempo da tribulação
“Quando, pois, virdes a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, no lugar santo (quem lê, entenda); então, os que estiverem na Judeia fujam para os montes.”(Mateus 24:15–17)
Jesus cita Daniel ao mencionar a abominação da desolação, descrevendo um tempo de tribulação sem precedentes, abreviado apenas por causa dos eleitos.
O ponto crucial é este: se a profecia está nitidamente apontando para uma invasão de Jerusalém e uma profanação do Templo, e se esses eventos representam a conclusão escatológica de todos os sinais anteriores, então o cenário futuro exigirá algo de escala global.
Veja: esse modelo de conflito só é possível de se concretizar devido ao arranjo internacional promovido pela globalização pós Segunda Guerra. Atualmente, os países encontram-se extremamente "amarrados" por acordos econômicos e de defesa mútua, inclusive. Nesse cenário, uma invasão a Jerusalém não mais seria uma conquista imperial isolada, como nos tempos de Babilônia ou Roma — mas uma coalizão internacional, algo que se enquadra perfeitamente na definição de uma Guerra Mundial.
Poderíamos aqui mencionar a relação entre essa coalizão e a simbologia apresentada no Apocalipse, mas será melhor dedicarmos mais tempos para essa análise em outro artigo.
O disparo histórico
Olhando para os acontecimentos recentes, uma convicção se forma: é possível que o disparo histórico que conduzirá ao cumprimento absoluto de Mateus 24 já tenha sido dado — e seu eco pode ter começado com a Guerra Rússia–Ucrânia.
Esse conflito alterou os eixos da geopolítica mundial, forçando EUA, OTAN e potências regionais a reposicionarem suas estratégias. A consequência direta foi uma reconfiguração do tabuleiro global, abrindo espaço para novas alianças e tensões — inclusive no Oriente Médio.
Olhando para esse contexto, parece que minha sensação inicial estava alinhada com os marcos proféticos do fim. E, quem sabe, não foi ela quem impulsionou a geração deste artigo, ainda que eu não soubesse disso?
Bem, o fato é que tenho aprendido que muitas vezes o Espírito de D'us se move em momentos que não percebemos, a fim de que os resultados que Ele deseja se concretizem na Existência.
E, quem sabe, se algum elemento aqui abordado tiver auxiliado no despertamento de algum leitor, meu trabalho não terá sido em vão.
O papel de Israel e o Terceiro Templo
Retornando à questão da Guerra, e concluindo, uma indagação inevitável se levanta:
As estratégias atuais de pacificação dos Estados Unidos no Oriente Médio poderiam criar as condições ideais para a reconstrução do Terceiro Templo em Jerusalém?
Essa hipótese não é mera especulação religiosa. Ela surge da observação concreta dos arranjos políticos atuais, das alianças que se redesenham e da centralidade de Israel no cenário global.
Pelo que podemos perceber, assim como os profetas descreveram e o Messias reafirmou, Jerusalém volta ao centro da história, e com ela — novamente — o Templo e a profecia.
E talvez estejamos presenciando, não apenas os ecos da história, mas os últimos compassos de uma sinfonia profética que se aproxima do seu clímax.
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